Dor Pós-Operatória

Após a realização de uma cirurgia, é bastante comum haver dores e incômodos no local que foi manipulado. Este é o tipo de dor dor aguda mais prevalente, vivenciada por milhares de indivíduos no mundo, manifestando-se de forma moderada ou intensa.

Por isso, no momento em que for programada uma cirurgia é necessário pensar nos cuidados pós-cirúrgicos, conversando com o seu médico, prevendo o tratamento das dores pós-operatória.

O profissional médico pode recomendar o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, que auxiliam a controlar a dor e o inchaço local. Porém existem outros tratamentos de Dor Pós-Operatória.

O controle da dor é muito importante para permitir uma recuperação mais rápida, fazendo com que a pessoa possa retomar a sua rotina o mais breve possível.

Segundo a Sociedade Internacional para o Estudo da Dor nos Estados Unidos, cerca de 100 milhões de cirurgias acontecem todos os anos e aproximadamente 80% desses pacientes sentem dor pós-operatória. Mais de 70% dos atendimentos em serviços de emergência são devidos a dor, sendo a dor de cabeça aguda responsável por 2,1 milhões de ocorrências de dor após as cirurgias. Apesar dos avanços substanciais na investigação da dor nas últimas décadas, o controle inagequado da dor aguda pós-operatória ainda permanece.

Quando há uma cirurgia de grande porte, por exemplo, ela tem uma propensão de desenvolver a dor pós-operatória mais aguda no paciente, do que uma cirurgia com procedimentos minimamente invasivos. Também, em algumas áreas do corpo, há a propenção de se desenvolverem dores mais agudas.

O que é importante saber sobre Dor Pós-Operatória:

• Pressupõe-se que quase todas as Dores Pós-Operatórias podem e devem ser manejadas para otimizar as funções físicas e emocionais do paciente;

• Deve-se realizar a avaliação da intensidade da dor no repouso e em atividade para especificar o tratamento da dor visando a reabilitação breve do paciente, com foco nas intensidades médias de dor, mas com possíveis exceções em caso de trauma grave ou alteração do status mental.

• Integração entre controle da dor e outros aspectos relacionados com a preparação e recuperação de cirurgias, como educação, aspectos nutricionais e hidratação.

• É necessário a avaliação pós-operatória de forma contínua em pacientes que tiveram alta hospitalar recente, para o reconhecimento e tratamento precoces de dor persistente e outras consequências indesejáveis após as cirurgias;

O que pode ser amenizado após as cirurgias, no tratamento da dor pós-operatória:

- Diminuição do medo, ansiedade e sofrimento que são desnecessários no momento de recuperação;

- Diminuição das limitações de mobilidade, respiração e/ou baixa autonomia do paciente;

- Melhora da qualidade do sono;

- Diminuição da retenção urinária;

- Melhora do apetite;

- Melhora da qualidade de vida durante a convalescência desnessariamente lenta;

- Diminuição das incapacidades parciais e/ou totais, que são desnecessárias com a perda da produtividade laboral.

Alguns desfechos clínicos:

• Atraso na cicatrização de feridas por aumento do tônus simpático ou baixa oxigenação

• Aumento do risco de manutenção e transição para dor crônica

• Aumento do risco de insuficiência de anastomoses

• Aumento do risco de morbidade pulmonar, incluindo chance de pneumonia devido a respiração ineficaz devido a dor

• Aumento do risco de trombose

• Aumento do risco de mortalidade

• Resposta metabólica sustentada devido a trauma: elevação de catecolaminas, cortisol e catabolismo

• Problemas relacionados ao custo-benefício:

• Prolongamento de internação hospitalar e em unidade de cuidados intensivos

Por isso, se você realizou ou irá realizar uma cirurgia, discuta com o seu médico sobre o tratamento das dores pós-operatórias. Se você realizou uma cirurgia e permanece com dores, procure um especialista para diagnosticar e escolher o tratamento mais adequado para dores pós-operatórias.

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